PALMEIRAS DOS PALMEIRENSES
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Um fato sobre a política palmeirense

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Um fato sobre a política palmeirense Empty Um fato sobre a política palmeirense

Mensagem por Alemão Qua Mar 06, 2013 12:02 am

O fato é que o ambiente no clube é de dar nojo.

Sou sócio há muitos anos pois meu pai sempre achou importante ajudarmos o clube de alguma maneira, por isso comprou um título familiar e associou minha mãe e minhas irmãs, além de nós dois.

Minhas irmãs quando mais novas aproveitaram o clube social, eu apesar de morar bem perto nem isso fiz. Se frequentei 1 ano seguido foi por que jogava futsal nos times infantis, depois disso desencanei.

Participando do PTD e conhecendo pessoas antes dos jogos fui aprendendo sobre a política no clube. A Eva Bertacco, que já foi conselheira e é figura conhecidíssima na SEP trabalhava na escola onde estudei e como sabia que minha família era sócia nos pedia pro meu pai ir votar nela nas eleições pro conselho.

Assim fui me "familiarizando" com essa MERDA chamada "política do Palmeiras". Soma-se a isso a raiva de Mustaphá e as seguidas más gestões, hoje me tornei o que sou: um palmeirense infeliz com os rumos do clube, desanimado e convencido de que devia fazer alguma coisa pra tentar mudar este cenário.

Então comecei a votar em candidatos em quem eu confiava pro conselho. Comecei a ler sobre gestão, estudar marketing esportivo, participar de discussões pela internet sobre os mais diversos assuntos que incluem o Palmeiras, como a política.

E então chegou o dia em que me questionaram: você já é sócio a quantos anos? Por que não se candidata ao conselho?

Resolvi ajudar a formar uma chapa, pois pra isso dependem de ter um número mínimo de candidatos. Entrei como candidato nas eleições pro CD de 2011. Meses antes da eleição fui chamado pelo pessoal do Marketing do Palmeiras pra uma entrevista, seria uma espécie de observador de mídias sociais e teria participação na criação de ações de marketing considerando as ideias dos torcedores palmeirenses. Então, na entrevista, me sugeriram que não tivesse ou manifestasse apoio político. Assim o fiz, desfiz minha candidatura naquele ano pela oportunidade de, em caso de vitória do Paulo Nobre, fazer parte da equipe de marketing do Palmeiras.

Dois anos se passaram e resolvi me candidatar novamente. Depois de uma gestão desastrosa do Tirone & Cia estava tão transtornado que resolvi me candidatar. Queria mudança, queria participar, queria ajudar de alguma maneira.

Fiz tudo isso por amor ao Palmeiras e me sinto com a sensação de dever cumprido, afinal a chapa que participei atingiu suas metas e fico feliz por isso. No meio do caminho, pela exposição do nome e pela atenção que eu não recebia antes, fui alvo de críticas das mais variadas, grande parte me fizeram aprender muito, mas uma delas em especial me marcou demais. Foi de um comentário de um rapaz no Verdazzo, que disse que por que eu afirmei que não frequentava o clube não merecia ser eleito.

Sim, aquilo foi uma coisa marcante. No momento em que li veio à minha cabeça a sensação de não estar fazendo a coisa certa PRA MIM, mesmo que eu estivesse tentando fazer o certo PRO PALMEIRAS. Eu naquele momento me senti ofendido, desrespeitado e desmotivado, pois aquilo foi pra mim a prova mais clara que eu poderia ter de que no Palmeiras, naquele ambiente sujo e de falsidades, as pessoas bem intencionadas, competentes mas que não fazem parte do "circo" não têm vez. Quem não frequenta "as alamedas", quem "não conhece os caminhos", quem "não vive o clube" não tem direito de opinar, não tem direito de trabalhar e não tem direito, sendo assim, de se eleger.

Hoje pensei bastante sobre esse meu envolvimento com o Palmeiras. Quero voltar a ser torcedor e só, no máximo usar meu direito de eleitor, não mais vou me envolver nessa sujeira.

As pessoas mudam de lado conforme os interesses pessoais. Se julgam indispensáveis. Se acham gênios incompreendidos. Acreditam ser os únicos e, portanto, maiores conhecedores e amantes do Palmeiras. Nada que não venha delas, que não nasça delas, que não tenha a participação delas presta.

Eram a favor de profissionalização mas cobram resultados com cabeça de amadores. Eram a favor de profissionalização mas cobram atitudes movidas pela emoção. Eram a favor da profissionalização mas criticam a troca de palmeirenses por um profissional corintiano. Eram a favor da profissionalização mas não querem entender que dar um passo para trás muitas vezes é necessário pra andar pra frente, não querem entender que a maneira de chegar mais rápido às vezes (muitas!) é pisando no freio, não no acelerador.

Eu confesso que cansei. HOJE a minha decisão é essa, até que eu conheça e sinta de verdade que muitas pessoas concordem comigo. Não que eu ache que esteja certo, mas no cenário de hoje, remando contra a maré e sem apoio da maioria, consigo enxergar que se existe uma peça que não se encaixa no quebra-cabeças (eu) o problema não é do quebra-cabeças mas sim dessa peça.

Fiz o meu melhor e fiz o que pude. poderia ter feito mais, mas abdicando de tempo de dedicação a outras coisas tão ou mais importantes na minha vida do que o Palmeiras. Cabeça erguida hoje e sempre, não declaro que estou desistindo, mas declaro que a minha luta será por outros meios, afinal "lutar sempre, perder talvez e desistir JAMAIS!".

Tio Jahy, amo o senhor, um dia nos encontraremos novamente.
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Mensagem por J.r Qua Mar 06, 2013 7:43 am

Alemão, entendo e compreendo sua perspectiva sobre isso tudo, só não esqueça:

"Se os bons não fizeram política, acabaram sendo governados pelos maus" Wink

Abs

J.r

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Mensagem por Vitor Gropelo Qua Mar 06, 2013 9:56 am

Uma mente maliciosa é menos danosa que uma retrógrada

Os males que afligem a S. E. Palmeiras nestes últimos anos são inumeráveis, porém o fator máximo é de consenso geral. A política danosa e mesquinha que desunem o Palmeiras e nos guia para lugares que não deveríamos estar já é rotineira nas “alamedas” – e como eu odeio essa palavra.

O maior problema que enfrentamos neste momento é a tentativa de mudar a mentalidade ultrapassada que está enraizada dentro do clube para tornar o Palestra Itália um clube moderno, profissional e com o status que nós, torcedores, merecemos. Porém, os obstáculos são imensos: política revanchista, poderes concentrado em uma só mão, feudos que pensam apenas na manutenção das “famílias” etc., é a famosa política do “sobrenome”, pois se observarmos relatos históricos de vários anos atrás e os de agora, serão sempre os mesmos nomes observados nas notícias.

A primeira foice pró-modernidade surgiu há vários anos, quando o Palmeiras enfrentava uma fila e conseguiu, com uma ação e negociação brilhante do ex-presidente Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, unir-se com a Parmalat e formar a parceria, dentro do esporte, mais vencedora da história. Dessa união, resultou um futebol profissional e a “separação” do Social com o Futebol, administrado e avaliado de perto pela empresa italiana. Os frutos são conhecidos por qualquer Palmeirense que tenha idade para entender a grandeza do seu clube.

Vivenciamos a profissionalização. Colhemos seus frutos. Quando ela se foi, entramos (voltamos) numa fila gigantesca que, inclusive, nos levou à série B em duas oportunidades, neste intervalo de tempo, o Palmeiras era Palmeiras em lampejos de clássicos, em um Paulista em 2008 e na última Copa do Brasil. Para voltarmos as glórias, traçamos um novo caminho: profissionalizar o clube.

Quando a profissionalização saiu do futebol, ele foi englobado pelo Social, pelos nomes que lá vigoraram e a figura do, então, “eterno” presidente Mustafá Contursi mostrou sua verdadeira face: um político que pensa em sua individualidade sobre o Palmeiras. Alguém que é o oposto do que o Palmeiras necessitava naquela época. Com o fim da profissionalização, os frutos apodreceram e o Palestra Itália pereceu diante da má gestão e má vontade daqueles que passaram a comandá-lo.

O resto é história. Vamos focar em abreviar o que aconteceu dentro da torcida do Palmeiras: buscamos profissionalizar o clube e ter mudanças políticas importantes para que possamos voltar a disputar todos os títulos possíveis, tanto no cenário nacional quanto no internacional. Para tal feito, unimos nossas forças em pró da profissionalização e nós nos tornarmos a torcida mais politizada do Brasil, com absoluta certeza.

Em meio a protestos, crescimento de novas forças políticas dentro do Palmeiras, incentivo da mídia Palestrina em pró do clube, foi eleito o Sr. Luiz G. de Mello Belluzzo, então unanimidade no Palmeiras. Apesar de seus erros, Belluzzo teve dois pontos cruciais no seu governo: permitir a existência da Nova Arena Palestra Itália e não “aprovar” as Diretas, independente da força que ele tinha para tal ato.

Desfrutamos, em seguida, da inesquecível administração Tirânica, aonde vimos como destruir um clube de futebol e afundá-lo em dívidas, fazê-lo passar vergonha em cenário internacional e depois demonstrar que estava ocupado, na praia, para ter alguma reação. Viramos vexame. O clube faliu e se viu cercado de dívidas ao curto prazo, más negociadas pela última gestão.

Então, surgem os heróis: Décio Perin de um lado e no outro corner o atual presidente Paulo Nobre, preferência absoluta da torcida do Palmeiras. Talvez nós nunca tivéssemos dois presidentes que poderiam mudar drasticamente – e pra melhor – o estado do clube. Paulo Nobre, enfim, foi eleito presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Estávamos no mesmo caminho, pois tínhamos o mesmo objetivo. Agora, nós ainda não alcançamos nossos objetivos, porém já “traçamos” caminhos diferentes, deixamos a nossa irmandade Palestrina perecer em busca do bem pessoal, nós nos tornamos o revanchismo do Palmeiras. Perecemos, como outros pereceram antes de nós. O Palmeiras perderá muito com essas ações.

Os objetivos não foram concluídos, ainda temos “objetivos” em comum, podemos trilhar caminhos diferentes, isso é óbvio. Porém, não podemos colocar obstáculos entre nós, nos nossos caminhos. O lado que está fora do Poder não deixou de ser útil, não deixou de ser um Irmão Palestrino. Se não concordem com o caminho escolhido, simplesmente APONTEM outro caminho, demonstrem objetivos úteis ao Palmeiras, auxiliem. Se no caminho escolhido houver um grande obstáculo, ajudem a superá-lo, mas não construam outros ainda maiores por simples revanche e política do ódio.

O inimigo ainda não foi vencido. O objetivo ainda não foi concluído. Nós queríamos profissionalismo, certo? Então vamos à busca disso! Não condenem ações profissionais, se discordem, apontem o por que e como ela deveria ser feita. Caso contrário, estarão discordando apenas do profissionalismo proposto e lutado por nós anteriormente. Vocês lutaram por isso, não são retrógrados, mas tornaram-se maliciosos quando o assunto foi poder, foi aceitar a vitória do outro lado.

O Objetivo é Simples: o bem do Palmeiras. Com o que será feito? Com a profissionalização. Como será feito? Cabe ao Paulo Nobre e sua equipe escolher. Se discordarem do TERCEIRO PONTO, “ataquem” com critérios o terceiro ponto, mas não o segundo e principalmente o PRIMEIRO. O Bem do Palmeiras vem antes de tudo.

Deixe o seu comentário.

Vitor Gropelo.

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Mensagem por Valmir Sáb Mar 09, 2013 5:03 am

As pessoas mudam de lado conforme os interesses pessoais. Se julgam indispensáveis. Se acham gênios incompreendidos. Acreditam ser os únicos e, portanto, maiores conhecedores e amantes do Palmeiras. Nada que não venha delas, que não nasça delas, que não tenha a participação delas presta.

Eram a favor de profissionalização mas cobram resultados com cabeça de amadores. Eram a favor de profissionalização mas cobram atitudes movidas pela emoção. Eram a favor da profissionalização mas criticam a troca de palmeirenses por um profissional corintiano. Eram a favor da profissionalização mas não querem entender que dar um passo para trás muitas vezes é necessário pra andar pra frente, não querem entender que a maneira de chegar mais rápido às vezes (muitas!) é pisando no freio, não no acelerador.

Alemão, muito bom... Penso assim mesmo e já escrevi isso outras vezes em outros lugares... penso assim também.

Se os bons não fizeram política, acabaram sendo governados pelos maus"


Nesta o fasificado matou a pau.. muito bom Junior.

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