PALMEIRAS DOS PALMEIRENSES
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A Reconstrução do Palestra

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Mensagem por Vitor Gropelo Sex Mar 29, 2013 1:07 am

Dia 28/03 de 2013 será conhecido como o dia que começou a presidência de Paulo Nobre a frente do Palmeiras. O clube seguia o seu caminho sem mudanças drásticas, que são necessárias quando algo de negativo ocorre como a queda para a série B. Desde então, 20 jogadores de baixo nível deixaram o clube – jogadores que nem deveriam ter vindo – e também houve a saída de um “ídolo” e o principal jogador de graça para um adversário, pois o time não conseguiu honrar seus compromissos e estar em um campeonato de alto nível.

Se não bastassem todas essas desgraças, o Palmeiras sofreu uma goleada inaceitável do Mirassol e tornou-se, novamente, chacota nacional e um exemplo de um time que não deve receber apoio, carinho ou qualquer outra coisa positiva, isso para a imprensa rival que adora as desgraças do Alviverde Imponente. Mas, analiso de outra forma, o Palmeiras precisava que tudo que fosse possível ser ruim ocorresse nesse primeiro semestre: crises, derrotas vexatórias, eliminações, perda de jogadores etc., para que seguisse seu rumo para a série B “zerado”, unido e focando apenas na ascensão para o ano seguinte.

Ao Presidente Paulo Nobre ficou claro uma situação, o Palmeiras não é marketing, não são finanças, não é jurídico, não é social. O Palmeiras é um Clube de Futebol de Alto Nível. Para que o Marketing exista e dê resultados, é necessário que o Futebol dê resultados, copiem isso do maior rival do clube. Sou a favor e penso de maneira muito positiva com as funções que Nobre está delegando ao Palmeiras, porém sou contra que o Presidente de um clube de futebol delegue totalmente o maior bem do clube: o futebol.

Não, não significa que ele é a pessoa que tem totais capacidades de gerenciar a área sozinho, pelo contrário. Significa que Paulo Nobre, na situação atual do Palmeiras, tem que assumir o futebol, mostrar quem comanda o clube, jogar com o time e não ficar apenas em conversas nos vestiários e nos treinamento. A atitude dele em ir criar contatos na seleção brasileira é louvável e foi correta, foi um mero “fato” o que aconteceu com ele fora do Brasil. Nobre tem que brigar pelos interesses do time, colocar a sua cara a frente do clube, como fez brilhantemente contra o atentado de uma organizada.

José Carlos Brunoro é brilhante quando ele tem uma estrutura com caixa e com uma situação “passiva”. O que ele encontrou na década de 90 não pode ser comparado com o atual Palmeiras, pois o futebol mudou demais (dentro e fora do campo) e as informações tornaram-se mais rápidas, o torcedor tem mais informação e mais força e o clube terá que trabalhar SEMPRE pelo torcedor, não pelos resultados financeiros positivos, isso é um fator que possibilita que o objetivo seja cumprido, mas não pode ser o objetivo principal de um clube.

Paulo Nobre está errando. Não por montar uma estrutura de empresa dentro do Palmeiras, mas por tratar o Palmeiras como uma empresa. O futebol profissional vai até o interno, onde forma-se o produto “futebol”, não para a área de vendas ou entrega de produtos. O torcedor “clássico” dos clubes não liga quem é o diretor de marketing ou se o clube está muito bem com os bancos. O torcedor que senta no sofá para assistir um jogo em sua residência quer ver o lateral esquerdo cruzando bem, o atacante fazendo gols, o goleiro defendendo, para que numa oportunidade próxima ele tenha confiança de ver o seu time no frio, pagando caro, vencer, dentro do estádio.

Para encerrar, o que foi feito no jogo de ontem foi um aviso dos jogadores do Palmeiras. Um aviso que demonstra a fragilidade do Departamento de Futebol do clube – seja com o nível dos atletas e a forma como estão trabalhando lá dentro – e também que os “boleiros” não ligam pra reestruturação do time, querem ter o salário pago em dia, querem ter condições de jogar, querem todas as regalias que os outros clubes oferecem. Imagine que você comprou um carro, está com dois meses de salário atrasado, no mês seguinte o banco bate na sua porta e avisa “nós vamos emitir um mandato de busca e apreensão” e a sua única resposta será: “eu jogo no Palmeiras e o Palmeiras não está pagando os salários”. Enfim, é lamentável a situação que o Palmeiras deixou chegar.

Hoje, relevo os “atentados” que o Palmeiras fez aos seus torcedores, as vergonhas e choros de raiva e tristeza que já passamos pelo clube se Paulo Nobre entender algo simples: honre os compromissos com os atletas antes de dívidas financeiras. Honre as necessidades do futebol antes das necessidades do clube. Honre o Time de Futebol da Sociedade Esportiva Palmeiras para montar uma empresa funcional. Não o contrário, Nobre. O contrário é insustentável, pois não se trabalha com produtos, dinheiro ou jogadores. Você trabalha com a paixão do torcedor.

Vitor Gropelo.

Vitor Gropelo

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