Aonde pode chegar a influência da organizada?

O Palmeiras hoje não é mais representado por aquelas famílias tradicionais italianas ou por aqueles oriundos bem sucedidos que construíram a nossa historia. .... como exemplo.... aquele que doou o terreno do Palestra Itália, ou aqueles que doaram dinheiro para a construção da sede e do próprio estádio, ou ainda outros que invariavelmente metiam a mão no bolso e iam buscar o craque que faltava para completar o seu time do coração, aquela famosa e tão temível academia.... descrição essa conforme o cronograma do próprio tempo.

Aquele, na condição de diretor, de sócio ou de torcedor ou tudo ao mesmo tempo privilegiava aquela sua verdadeira paixão e não fazia conta de amealhar um tanto a mais ou a menos de fortuna, queria compartilhar a felicidade da conquista, do prazer, da bonanza tão galgada por aqueles seus ancestrais que lhe ensinaram a viver.

Hoje o clube está povoado por outros homens, com outros desejos, objetivos e principalmente outros sentimentos. É verdade que a transição de uma geração para outra deixou a desejar, faltou caracteres, faltou DNA, vide o último presidente, isso é fato e real e independente da herança genética ou pela mescla da miscigenação que vêm ocorrendo (de direito legítimo) a sucessão têm sido um desastre nos últimos tempos, com exceção do Professor Belluzzo.

Os tempos são outros, a evolução requisita por si só novos termos, novos métodos e inexoravelmente não deixa de condenar os resultados dos incapazes ou falsos administradores, por isso descemos tanto a escada e estamos sofrendo de novo no segundo escalão.

Na arquibancada a evolução foi da mesma forma assim como as heranças distorcidas, quando você levava o seu filho ou a sua esposa a um jogo, era para confraternizar e torcer, elevar a alma ao sublime sentimento da paixão, jamais imaginando interpelar ou interferir e muito menos tirar proveito da política da entidade, o torcedor comum muitas vezes nem sabia o nome do presidente e se soubesse não tinha a menor intenção em interferir nas suas ações, confiava e torcia, ate porque os resultados endossavam aqueles que estavam no poder. As organizadas não eram organizadas, eram apenas apaixonadas e amantes do bom futebol.

Hoje é tudo diferente, nenhum passo é dado sem que a contrapartida seja alcançada, nem um grito ou gol é comemorado sem que o seu custo seja computado, isso tem tudo a ver com o desenvolvimento da capital metropolitana, tão linda, romântica e amante nas décadas anteriores e que passou a ser hoje predadora, consumista e energicamente calculista, infelizmente os homens se moldaram nas características modernas.

Negócio? Negócio sim.

Não daqueles nobres e comuns torcedores da arquibancada antiga, esses não mudaram com a evolução dos tempos (leiam o tópico do Neto, a respeito da representação), continuam os mesmos, com a mesma paixão pelo time de coração, a modernização não corrompeu os seus ideais, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença eles transcrevem o amor antigo para os dias de hoje.

Todavia uma parte da torcida é usada como massa de manobra, arte milenar dos ditadores, isso conflita e mistura os maus e os bons, divide e assola, é natural os bons se afastarem em detrimento do bem comum, a historia comprova que sobram apenas os ratos para fazerem a festa. Eles promoverem a manobra em conduzir e influenciar jovens torcedores, divididos entre a inocência da puberdade e as drogas que são vitimados posteriormente.

Então o que mudou na arquibancada?

Mudou a forma de politização dos homens com ‘h’ minúsculo mesmo. Hoje, eles são modernos, porém venais e vezeiros, vestem o manto que lhes convém, o manto que lhes acobertam e que não é o mesmo que aquece a grande maioria dos torcedores comuns e apaixonados.

Eles desviam, desnudam e corrompem o sistema, tudo em beneficio próprio, tudo em nome do século XXI.

O que se vê hoje é uma manobra política, que envereda, que enraíza e expande, para dentro do clube, nas ruas e arquibancadas, fanatismo exacerbado patrocinado pelo populismo, o antigo empregado em tempos modernos. Na realidade não existem mais Homens ou políticos como antigamente, que abriam mão do seu tempo em prol de um bem comum.

E saindo da arquibancada e entrando no clube, as influências já notadamente ocupam espaço, dividem, tramam, copulam e enfraquece cada vez mais aquele que se fez Imponente, Glorioso e temido Campeão.

Os interesses hoje dentro do clube se misturam com os das organizadas nas arquibancadas.

É um grande jogo de xadrez, que a grande maioria nem conhecem as regras, muito menos mexer as peças, fazem o papel de meros espectadores ou de assento de cavalo (pelego).

O assunto é muito mais delicado do que nós torcedores comuns podemos imaginar, hoje as organizadas estão representadas não somente nas arquibancadas, aonde pessoas de bem convivem com marginais, mas também estão representadas dentro do clube, no Conselho Deliberativo e até em diretorias, não pasmem, muitos são Homens de Bem, que enxergam como nós a importância do grito que inflama e incentiva na arquibancada, mas infelizmente existem outros tantos com outras intenções.

Dentro dessa organização existem duas vértices, a ala da arquibancada e a ala que desfila na escola de samba, são distintas, é assunto complexo que vamos nos inteirando, tomando ciência e aos poucos produzindo discussão no bom sentido aqui nesse espaço, e temos a intenção de convidar quem quer que esteja se sentido citado para que possamos entender melhor e tentar promover um debate mais amplo e transparente.

Dizem que o Futebol tornou-se profissional, discordo, futebol tornou-se ainda mais político.

Boa parte destes "organizados", torcem mais para sua facção do que pro time em si.
Com esse corte de regalias, eles vão aumentar o número de "protestos", note que, em 2011 e 2012 os alvos deles eram sempre os que não vinham sendo problemas, 2011 o Luan e o Assunção (que só estávam salvando o time de um rebaixamento), e em 2012? Só se manifestaram pra pedir não contratação de jogador pro bananão, pedir não, ameaçar... Pior, um jogador em si (Richarlyson), a birra era mais por sua opção sexual (que eu não to nem aí), o cara é um bom jogador e iria ajudar.
Ah, o time caindo e não teve um protesto sequer... Claro, eram bancados até em viagens e o Carnaval tava garantido.
Como eles dizem "acabou a paz", e adapto a mensagem do Nobre a eles: "acabou a mesada".